Muitas espécies de aves podem ser observadas na maricultura.

Muitas espécies de aves podem ser observadas na maricultura.

A atividade também é conhecida como birdwatching e tem como objetivo observar as aves em seu habitat natural, sem interferir no seu comportamento ou no seu ambiente. O birdwatching pode ser praticado por qualquer pessoa, de crianças a idosos, em grupos ou individualmente.

A atividade pode ser realizada dentro dos roteiros de Turismo de Base Comunitária (TBC) nas praias onde estão localizadas as fazendas marinhas.

A observação de aves traz consigo uma série de benefícios, como o desenvolvimento do turismo responsável, ligado à conservação da espécie em seu ambiente natural, o fomento da informação e educação ambiental com comunidade e turistas, a coleta de dados científicos, a sensibilização para o desenvolvimento sustentável e a geração de renda e valores agregados para as comunidades locais.

Saiba um pouco mais e quais aves podem ser observadas na maricultura.

Atobá- pardo (Sula leucogaster)

É também conhecido como alcatraz-pardo, toba, mergulhão, mambembo, mumbebo.

Características

Com envergadura de 132 até 155 cm e tamanho entre 64 até 85 cm, apresenta dimorfismo sexual aparente sendo as fêmeas maiores que os machos. Diferenciam-se, também, pela coloração das partes nuas. A plumagem de ambos sexos é marrom-escura na fase adulta, com exceção do ventre branco. A garganta e o loro são nus, encarnados. A íris é castanha e os pés são amarelados. As fêmeas possuem bico amarelo-pálido, tornando-se rosado em direção à ponta. A região perioftálmica (ao redor dos olhos) é amarela e apresentam uma mancha escura em frente aos olhos. Os machos possuem o bico amarelo e um anel azulado ao redor dos olhos. Os jovens imaturos possuem a plumagem pardo-escura uniforme, sendo um pouco mais clara na região abdominal. A face e o bico são acinzentados.

Alimentação

Pescador admirável, vislumbra o peixe mesmo a grandes alturas e de lá despenca, numa reta quase vertical, com asas algo abertas, unindo-as ao corpo que penetra na água num mergulho magistral, de onde emerge trazendo no bico um peixe, que engole antes de voar. Às vezes em voo rasante pesca à flor da água, em pequenos mergulhos, não precisando elevar-se muito senão quando o peixe se encontra a maior profundidade. As suas principais presas são os peixes-voadores e lulas. Fica em bando em cima de barcos de pesca, onde pode pousar para descansar e às vezes conseguir um peixe jogado do barco.

Reprodução

Nidifica em pequenas colônias no solo. A ninhada é, normalmente, composta por dois ovos. Os filhotes são inteiramente brancos. É, provavelmente, o mais abundante dos sulídeos, elevando-se a população total a várias centenas de milhares de casais.

Hábitos

Ocorre perto dos mares tropicais e subtropicais do mundo inteiro.

Distribuição Geográfica

O atobá-pardo é uma ave característica dos mares tropicais e subtropicais, inclusive das costas e mares brasileiros. Ocorre no Sudeste e Nordeste do Brasil.

Referências

Trinta-réis-pequeno (Sternula superciliaris)

É o menor dos trinta-réis de nosso país. Conhecida com trinta-réis-anão.

Alimentação

A dieta alimentar do trinta-réis-anão é formada de pequenos peixes, pequenos crustáceos e pequenos anfíbios que ele captura com seu bico na superfície ou quando mergulha atrás de alimento. Insetos também fazem parte de sua alimentação.

Reprodução

Reproduz-se em praias de lagos e rios amazônicos durante a estação seca. O ninho é formado em espaços abertos, mais ou menos distantes da água, o solo escolhido para a nidificação é arenoso ou de cascalho. Seu ninho é uma depressão simples no chão, onde ele coloca entre 1 e 3 ovos ocre esverdeados com manchas escuras. Os filhotes ao nascer apresentam coloração similar a de areia, que combina perfeitamente com o ambiente onde se encontra o ninho.

Hábitos

Habita praias de rios e lagos, em estuários e ao longo da costa. Vive normalmente solitário, aos pares ou em pequenos grupos.

Distribuição Geográfica

Presente no Brasil principalmente na Amazônia, atingindo a costa até o Rio Grande do Sul durante as migrações. Encontrado também nas Guianas, Venezuela, Colômbia e, para o sul, até a Argentina e o Uruguai.

Referências

Gaivota (Larus dominicanus)

Características

É a única gaivota de ocorrência constante no Brasil com maior porte, alcançando cerca de 58 centímetros de comprimento (Sick, 1997). Essas gaivotas podem ser separadas pelo padrão de plumagem em quatro classes de idade (Novelli, 1997).

O adulto possui o dorso e as partes superiores das asas negras, enquanto a cabeça e as partes inferiores são brancas. O bico é amarelo, com uma mancha vermelha na ponta da maxila. As pernas são amarelo-esverdeadas. Os juvenis possuem plumagem das partes superiores castanho-acinzentada densamente salpicada de branco; as partes inferiores são brancas manchadas de castanho. O bico é preto e as patas são cinzento-rosadas.

Espécie sem dimorfismo sexual.

Alimentação

As gaivotas apresentam uma dieta generalista e oportunista, sendo capaz de utilizar vários habitats, diferentes presas, bem como a exploração de fontes antrópicas (Giaccardi et al. 1997).

Reprodução

No período de março a junho ocorre o deslocamento das gaivotas adultas para as ilhas, a demarcação de território e construção dos ninhos no solo, utilizando-se gramíneas, penas e até ossos de outras aves. Os primeiros ninhos com ovos são observados em junho, incrementando gradativamente até setembro, seguido de redução em outubro e ausência das gaivotas a partir de dezembro, ocorrendo a ocupação dos estuários e das praias do litoral catarinense (BRANCO & EBERT 2002).
Apresenta alto sucesso reprodutivo, cerca 70% dos ovos eclodiram e cerca de 50% dos filhotes sobreviveram até a fase de voo. Os filhotes apresentaram um rápido crescimento, em 30 dias já estão grande o suficiente para voarem, o que os tornam aptos a escaparem os predadores.

Os principais predadores dessa espécie são os urubus, e as fases mais suscetíveis aos ataques foram a fase de ovo e os primeiros 15 dias de vida dos filhotes.

Os filhotes ao nascer são pardos e logo deixam o ninho escondendo-se na vegetação que, devido à coloração de sua plumagem, lhes proporciona boa camuflagem, sendo alimentados pelos adultos por longo período.

Hábitos

O crescimento de sua população tem causado o deslocamento de diversas outras espécies de aves e mamíferos marinhos de seus sítios reprodutivos, devido ao constante impacto da predação e parasitismo. Todas essas características têm levado muitos pesquisadores a considerar esta espécie uma praga nos ambientes costeiros.

Distribuição Geográfica

Essa espécie apresenta ampla distribuição geográfica no hemisfério sul, ocorrendo no Atlântico desde o estado do Espírito Santo (Brasil) até a Terra do Fogo (Argentina), ilhas Malvinas, Geórgia do Sul, Sandwich do Sul, Orcadas do Sul e Shetland do Sul, bem como no litoral pacífico da América do Sul, África e Nova Zelândia.

Referências

Biguá (Nannopterum brasilianum)

Ave aquática, mergulha em busca de peixes e permanece um bom tempo debaixo d’água, indo aparecer de novo bem à frente, mostrando apenas o pescoço para fora d’água. Para facilitar seus mergulhos, suas penas ficam completamente encharcadas, eliminando o ar que fica entre elas. Para secá-las é comum vê-lo pousado com as asas abertas ao vento. Quase sempre visto em grandes bandos voando próximo d’água, em formação em “V”. Quando voa se assemelha a patos, sendo às vezes considerado como tal, equivocadamente.
Também é conhecido pelos nomes de biguá-una, imbiuá, mergulhão, urubu-d’água, cormorão, miuá e pata-d’água e no interior do Ceará como maria-preta. Por ser inteiramente negro, recebe o nome comum, também, de corvo-marinho. Antigo Phalacrocorax brasilianus

Características

Mede entre 58 e 73 centímetros de comprimento e pesa entre 1,2 a 1,4 kg, com envergadura entre 100 e 102 cm. Sua plumagem é totalmente preta com saco gular amarelo. Possui pescoço longo, cabeça pequena, bico cinzento amarelado longo e fino, sendo que a ponta da maxila termina em forma de gancho. É possível observar uma discreta sobrancelha esbranquiçada. Íris azuis, pernas e pés palmados pretos. Na época da reprodução apresenta penas brancas beirando a garganta nua e com tufos brancos atrás das regiões auriculares. No período nupcial, as cores ficam mais vivas na plumagem de ambos os sexos.

Não existe nenhuma diferença na plumagem entre o macho e a fêmea.
Os indivíduos juvenis apresentam a plumagem amarronzada, um pouco mais clara na garganta e nas asas escuras.

Espécie sem dimorfismo sexual.

Alimentação

Alimenta-se de peixes e crustáceos. Para capturar sua presa, mergulha a partir da superfície da água e, submerso, persegue-a. Os pés e o bico possuem função primordial na perseguição e captura. Um exímio mergulhador, não se contenta com os peixes da superfície. Mergulha mar abaixo e em meio a ziguezagues e viravoltas, conseguindo capturar sua presa. Come também girinos, sapos, rãs e insetos aquáticos.

Reprodução

É monogâmico. Na época do acasalamento, o ritual de corte envolve uma ampla gama de movimentos e sons, com as aves agitando as asas e movimentando o pescoço de maneira peculiar. Os membros do casal roncam como um porco, empoleirados lado a lado, e executam curiosos meneios laterais com a cabeça, por repetidas vezes, copulando a seguir. Nidifica em colônias sobre árvores em matas alagadas, sarandizais, etc. O ninho é construído pelo casal. Enquanto o macho escolhe o local de nidificação e traz material de ninho, é a fêmea que realmente constrói o ninho. Porções de ninhos anteriores são frequentemente reutilizadas. Os ninhos são geralmente compostos por uma camada externa espessa de galhos e gravetos, forrada com gramíneas moles e algas. A fêmea põe geralmente 3 a 4 ovos ovais, de cor azul a azul-claro, que são incubados pelo casal. O período de incubação varia de 23 a 26 dias. Os filhotes são alimentados por ambos os pais, que regurgitam o alimento em seus bicos. São alimentados até as 11 semanas de vida, e com 12 semanas já são totalmente independentes.

Hábitos

Vive em águas interiores e na orla marítima, também ocorrendo em rios, lagos, banhados, açudes, represas, estuários, manguezais e nas cidades em parques com lagoas. Não se afasta da costa para se aventurar no mar, mas voa para ilhas próximas à costa, podendo aí nidificar. Não possui glândula uropigiana, encharcando totalmente sua plumagem para aumentar o peso e facilitar os mergulhos. Quando sai da água, seca sua plumagem abrindo a cauda e as asas ao sol, ofegando de bico aberto, por vezes revelando seu saco gular amarelo. Descansa pousado na beira d’água, sobre pedras, árvores, estacas ou mesmo sobre cabos. Empoleirado em um só pé, coça o píleo com as unhas, de forma cômica. Dorme em árvores ressequidas, ao lado de garças, nos manguezais ou em sarandizais. Devido a suas fezes serem ácidas, podem danificar árvores, mas adubam a água, favorecendo a manutenção das populações de peixes, e assim atraindo outras aves para se alimentar. É desajeitado em terra, andando de maneira gingada, mas é exímio nadador e mergulhador, utilizando seus pés com membranas interdigitais natatórias como propulsores. Quando voa se assemelha a patos, sendo às vezes considerado como tais, equivocadamente, e, quando em bando, muitas vezes voa em formação em V. Mergulha em busca de peixes e permanece um bom tempo debaixo d’água, indo aparecer de novo bem à frente, mostrando apenas o pescoço para fora d’água. Fora da época de reprodução, é geralmente solitário. Vive até os 12 anos em estado selvagem.

Distribuição Geográfica

Sua distribuição geográfica estende-se do sudeste do Arizona (EUA) à Terra do Fogo, extremidade austral da América do Sul (A.O.U 1998) (SICK 1997).

Referências

Garça – branca – pequena (Egretta thula)

Também conhecida como garcinha-branca, garça-pequena e garcinha. 

Características

Mede 54 a 66 cm, com envergadura de 100 cm e peso de cerca de 370 gramas, com machos ligeiramente maiores que fêmeas. Totalmente branca, bico preto com uma mancha amarela em sua base; íris e loro amarelos; pernas longas, comparativamente delgadas, pretas, com pés amarelos brilhantes. Apresenta grandes egretes no período reprodutivo, (Egrete: Zool. Feixe de plumas alongadas que enfeitam a cabeça de algumas garças na época de reprodução) mais evidenciadas nos machos. Na época da reprodução, a plumagem nupcial tem as egretes mais desenvolvidas, com tufos de penas brancas como seda, com as pontas viradas para cima, adornam o topo da cabeça, o peito e a parte de trás das costas. No auge da reprodução as cores das partes nuas ficam mais pronunciadas, o loro e os pés tornam-se muito mais ricos em cores, tendendo ao avermelhado e alaranjado, respectivamente. A plumagem é rica em pó, o qual é produzido por plumas de pó concentradas no peito e nos lados do corpo. Em jovens e adultos não reprodutores, as pernas são escuras na frente e amarelo-esverdeadas no dorso, sendo os pés amarelos, e não há penas ornamentais.

Alimentação

Alimenta-se de peixes de água doce e marinhos de forma bastante ativa. Aprecia também insetos, larvas, moluscos, vermes, caranguejos e outros crustáceos, anfíbios e pequenos répteis. É a espécie de garça que usa as mais diferentes técnicas de pesca e caça: parada, andando devagar ou rápido, usando os pés para desalojar a presa, etc. Frequentemente segue o gado para pegar insetos e outras criaturas perturbadas pelos passos dos animais. Já foi observada até mesmo pescando usando pedaços de pão como isca.

Reprodução

Durante a estação de reprodução, exibição de corte principal é a exibição de alongamento, durante a qual o macho balança o corpo para cima e para baixo enquanto segura o bico apontado para o céu e chama “a-wah-wah-wah”. O macho pode realizar uma exibição de alongamento aéreo, pousando no local de decolagem. Outras exibições aéreas, incluindo circle flight, tumbling flight e jumping-over, contribuem para a formação de pares e também podem ser realizados pelas fêmeas após o emparelhamento. Tumbling flight é a exibição mais espetacular e consiste em o macho, e talvez sua companheira, voando para cima e caindo em direção à terra, caindo continuamente até que o indivíduo se recupere pouco antes de pousar. Na época da reprodução associa-se em colônias formando ninhais com outras espécies. O casal constrói uma plataforma de galhos secos sobre uma árvore, geralmente próxima à água e raramente aninha no solo. O macho traz os materiais (galhos) para a fêmea, que constrói o ninho. A fêmea põe, com 2 ou 3 dias de intervalo, de 3 a 7 ovos esverdeados ou verde-azulados que medem cerca de 43 por 32 milímetros cada um. Estes ovos são incubados pelo casal durante 25 a 26 dias e, quando nascem os filhotes, que são nidícolas, os pais fornecem-lhes alimento regurgitado. A época de reprodução varia de acordo com a região, sendo que na América do Sul vai de novembro a janeiro.

Hábitos

Habita bordas de lagos, rios, banhados e à beira-mar. Comum em manguezais, estuários e poças de lama na costa, sendo menos numerosa em pântanos e poças de água doce. Também pode ser encontrada em pastagens, pisciculturas, arrozais, canais, etc. Em alguns vales da Cordilheira dos Andes peruanos, é comumente observada até 4000 m de altitude. Vive em grupos e migra em pequenas distâncias para dormir.

Distribuição Geográfica

Todo o Brasil e desde o sudoeste dos Estados Unidos e Antilhas à quase totalidade da América do Sul. No Canadá, só é encontrada na Nova Escócia e apenas no verão.também pode ser encontradas em praias

Apresenta 2 subespécies: Egretta thula thula e Egretta thula brewsteri, que diferem pelo tamanho, sendo que Egretta thula thula é menor em média do que Egretta thula brewsteri e com o tarso mais curto.

Curiosidades e particularidades

No período que antecede a reprodução, um grande número de garças-brancas-pequenas e grandes podem ser encontradas nos lagos, rios, represas e espelhos d’água da cidade de São Paulo. Como seus dormitórios são estabelecidos em árvores próximas a essas coleções de água, muitas vezes o excesso de suas fezes ácidas pode causar danos temporários à vegetação.

Por outro lado, essas duas espécies de garças cumprem importante papel no controle das populações de peixes nos lagos e represas eutrofizadas como os lagos dos Parques Ibirapuera e Aclimação, além das Represas Billings e Guarapiranga.

Referências

Bem-te-vi (Pitangus sulphuratus)

Conhecido também como bem-te-vi-de-coroa, bem-te-vi-verdadeiro e em alguns lugares do NE como cirino e no EUA como kiskidee, é provavelmente o pássaro mais popular de nosso país, podendo ser encontrado em cidades, matas, árvores à beira d’água, plantações e pastagens. Em regiões densamente florestadas habita margens e praias de rios.
É também muito popular nos outros países onde ocorre, recebendo nomes onomatopeicos em várias línguas como kiskadee em inglês, qu´est ce em francês (Guiana) e bichofêo em espanhol (Argentina).

Características

Ave de médio porte, o bem-te-vi mede entre 20,5 e 25 centímetros de comprimento e pesa aproximadamente de 52-68 g. Tem o dorso pardo e a barriga de um amarelo vivo; uma listra (sobrancelha) branca no alto da cabeça, acima dos olhos; cauda preta. O bico é preto, achatado, longo, resistente e um pouco encurvado. A garganta (zona logo abaixo do bico) é de cor branca. Possui um topete amarelo somente visível quando a ave o eriça em determinadas situações. O seu canto trissilábico característico lembra as sílabas bem-te-vi, que dão o nome à espécie. Portanto, seu nome popular possui origem onomatopeica.
Existem várias espécies de tiranídeos com o mesmo padrão de cores, dentre as quais 4 são particularmente similares ao bem-te-vi: o neinei (Megarynchus pitangua), o bentevizinho-do-brejo (Philohydor lictor), e os dois bentevizinhos do gênero Myiozetetes, o bentevizinho-de-penacho-vermelho (Myiozetetes similis) e o bentevizinho-de-asa-ferruginea (Myiozetetes cayanensis). O neinei é do mesmo tamanho do bem-te-vi, mas possui um bico maior e bem mais largo, o bentevizinho-do-brejo é mais esbelto, menor e apresenta o bico proporcionalmente mais afinado achatado. Já os bentevizinhos do gênero Myiozetetes são menores, possuem o bico cônico e proporcionalmente menor e as sobrancelhas brancas menos definidas.

Espécie sem dimorfismo sexual.

Alimentação

Possui uma variada alimentação. É insetívoro, podendo devorar centenas de insetos diariamente. Mas também come frutas (como bananas, mamões, maçãs, laranjas, pitangas e muitas outras), ovos e até mesmo filhotes de outros pássaros, flores de jardins, minhocas, pequenas cobras, lagartos, crustáceos, além de peixes e girinos de rios e lagos de pouca profundidade e inclusive pequenos roedores. Costuma comer parasitas (carrapatos) de bovinos e equinos. Apesar de ser mais comum vê-lo capturar insetos pousados em ramos, também é comum atacá-los durante o voo.
Aprecia os frutos da fruta-de-sabiá ou marianeira (Acnistus arborescens), chala-chala (Allophyllus edulis), araticum ou marolo (Annona coriacea), maria-preta (Solanum americanum), magnólia-amarela (Michelia champaca) e do tapiá ou tanheiro (Alchornea glandulosa). Costuma frequentar comedouros com frutas.
É uma ave que está sempre descobrindo novas formas de alimento. Devido ao seu regime alimentar generalista, por vezes contribui para o controle de pragas de insetos, inclusive cupins urbanos.

Reprodução

Faz ninho grande e esférico, com capim e pequenas ramas de vegetais em galhos de árvores geralmente bem cerradas, com entrada lateral; porém, já foram encontrados ninhos em formato de xícara aberta. Pode utilizar para construir o seu ninho, sobretudo em zonas urbanas, material de origem humana, como papel, plástico e fios. Põe de 2 a 4 ovos de cor creme com poucas marcas marrom-avermelhadas. Existem muitos registros de nidificação em cavidades em árvores, rochas e estruturas artificiais, em vários países; é, portanto, ave que nidifica em cavidades.

Hábitos

É agressivo, ameaça até gaviões e urubus quando esses se aproximam de seu “território”. Costuma pousar em lugares salientes como postes e topos de árvores. Pode-se vê-lo facilmente cantando em fios de telefone, em telhados ou banhando-se nos tanques ou chafarizes das praças públicas, demonstrando grande capacidade de adaptação. É um dos primeiros a cantar ao amanhecer. Anda geralmente sozinho, mas pode ser visto em grupos de três ou quatro que se reúnem habitualmente em antenas de televisão. Podem ser encontrados em áreas urbanas, matas densas e ambientes aquáticos como lagoas, rios e praias.

Distribuição Geográfica

É ave típica da América Latina, com uma distribuição geográfica que se estende predominantemente do sul do México à Argentina, em uma área estimada em 16.000.000 km².
Entretanto, pode também ser encontrado no sul do Texas e na ilha de Trinidad. Foi introduzido nas Bermudas em 1957, importado de Trinidad, e na década de 1970 em Tobago. Nas Bermudas, é a terceira espécie de ave mais comum, podendo atingir densidades populacionais de 8 a 10 pares por hectare.

Referências

Lavadeira-mascarada (Fluvicola nengeta)

A lavadeira-mascarada (Fluvicola nengeta), também conhecida como lavadeira, noivinha, viuvinha (Zona da Mata mineira), maria-branca, maria-lencinho, bertolinha, pombinho-das-almas e senhorinha, é uma ave passeriforme sul-americana pertencente à família dos tiranídeos. Em alguns lugares no Nordeste também é conhecida pelo nome de lavadeira-de-deus e andorinha (Ceará).

Características

Mede entre 14,5 e 16 centímetros de comprimento e pesa de 14 a 20 gramas.
Sua coloração é principalmente branca contrastando com uma estreita faixa transocular preta que termina em uma leve curvatura para baixo logo após a região auricular. A testa, coroa e nuca são brancas. O manto apresenta coloração clara levemente castanho-acinzentado. As asas apresentam coloração escura com tons castanho-acinzentados mais escuros que o manto. O uropígio e as penas supracaudais são brancas. A cauda é preta e apresenta a porção distal com manchas brancas. A garganta, peito, ventre, crisso e infracaudais são brancos.

O bico é curto, fino e preto. Tarsos e pés são pretos. A íris também é preta.
Os jovens da espécie são similares aos adultos e apresentam uma leve comissura labial de coloração amarelo pálido.

Alimentação

Alimenta-se de pequenos artrópodes que captura na lama das margens de rios, açudes, brejos e pocilgas, de onde raramente se afasta. Antes de se alimentar, tem um comportamento igual ao do bem-te-vi, de estar com o alimento no bico e batê-lo contra o chão.

Reprodução

Seu ninho é feito de gravetos que são geralmente amontoados em árvores próximas à água. É comum ver estas aves em casais.

A postura normal é de três ovos brancos com manchas marrons. A incubação é de 15 dias e dá origem entre dois e três ninhegos por ninho, o que está de acordo com a literatura. (Skutch 1985, Pacheco & Simon 1995, Luciano et al. 2006). Apenas a fêmea participa da incubação, comportamento comum à família Tyrannidae (Sick, 2001). O macho participa do monitoramento e da defesa do ninho.

Hábitos

O seu habitat é, preferencialmente, junto a rios ou lagoas, podendo ser encontrada em parques e jardins em centros urbanos. Vem frequentemente ao chão, mesmo barrento, em busca de alimento. É ave de espaços abertos, é comum ser vista em bandos ou casais. Ocasionalmente, pode ser encontrada em áreas urbanas bem arborizadas.

Distribuição Geográfica

A distribuição desta ave é curiosa, pois existem duas populações muito distantes, uma no leste brasileiro e outra no noroeste da América do Sul. A população brasileira, antigamente restrita a açudes e rios no Sertão e Agreste da região Nordeste, está em expansão. A Mata Atlântica, que aparentemente representava uma barreira natural para esta espécie, foi perdendo espaço para pastagens e culturas que se assemelham mais ao semiárido do que à floresta umbrófila, possibilitando assim a expansão desta espécie. Outras explicações envolvem o aumento no número de rios represados na região Sudeste e mudanças climáticas. O fato é que esta simpática ave está sendo registrada cada dia mais ao sul. Na década de 90 foram feitos os primeiros registros da espécie no interior de São Paulo e hoje em dia já são registradas aves se reproduzindo em Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Em Natal/RN, evita-se sua caça e captura porque há o costume de que esse pássaro “lavou a roupa de Deus”.

Referências

Fragata (Fregata magnificens)

Também conhecida por tesourão, fragata-comum, alcatraz, pirata-do-mar, ladrão-do-mar, guarapirá, carapirá e guirapirá.

Características

De acordo com Sick (1997), as fragatas são as aves com a maior superfície de asa por unidade de peso, com um comprimento de 85-100 cm e mais de dois metros de envergadura, pesando apenas 1,4-1,5 kg. O macho é preto e distingue-se por um saco gular vermelho. A fêmea é maior, tem cabeça anegrada e peito branco. Os juvenis têm cabeça branca.

Alimentação

Come pequenos peixes que sobem à superfície e são capturados com o bico em voos rasantes. É frequente a pirataria aérea sobre atobás, gaivotas e trinta-réis. É eficiente para localizar descartes dos barcos de pesca por arrasto, onde utiliza os peixes que flutuam como alimento. Não consegue mergulhar, pois não possui a habilidade de nadar.

Reprodução

As ilhas Moleques do Sul são o limite austral de ocorrência de colônia de reprodução e o único sítio de nidificação no estado de Santa Catarina. O início do período reprodutivo pode variar entre junho e agosto. A presença de vários machos com as bolsas gulares infladas caracteriza o início da corte. Os ninhos são construídos sobre arbustos e árvores, constituem-se duma plataforma rudimentar de gravetos que vai sedimentando com acúmulo de fezes das aves. Machos e fêmeas alternam-se na incubação do único ovo, como também no cuidado do filhote. O tempo de incubação varia entre 40 a 45 dias. A maioria das eclosões ocorre em novembro e dezembro. Os filhotes são nidícolas. Os jovens, apesar de estarem aptos ao voo com ± 4,5 meses de idade, ainda continuam recebendo alimento; a fêmea pode alimentar o filhote até ± 9 meses de idade. (BRANCO, 2004).

Hábitos

Molesta as outras aves à procura de peixes regurgitados. Muitas vezes os atobás em geral e a grazina conseguem se livrar das fragatas pousando na água, uma vez que estas aves não conseguem nadar pois não possuem gordura protetora, logo morreriam de frio rapidamente. Frequentemente podem ser observadas voando com urubus por longos períodos, chegando a voar sobre áreas urbanas e às vezes a vários quilômetros do mar. Já foram observadas fragatas voando em bandos com urubus em áreas de mata atlântica à distância de até 7 km do local marítimo. No dia 18 de dezembro de 2007 foram observados diversos indivíduos imaturos e um subadulto de fragata (Fregata magnificens Mathews, 1914) brincando em voo com um objeto pequeno e leve, semelhante a um chumaço de algodão, na ilha da Queimada Grande (24°29`S; 46°41`W), litoral sul do estado de São Paulo. Um indivíduo carregava o objeto no bico enquanto outros tentavam roubá-lo. O indivíduo detentor do objeto deixava-o cair por vezes, realizando um mergulho no ar para pegá-lo de volta. Nessas ocasiões, às vezes o objeto era pego por outro indivíduo e as perseguições continuavam. Esse comportamento é sem dúvida um tipo de treinamento para a fase adulta, quando as fragatas roubam os peixes de outras aves marinhas, como os atobás e trinta-réis, e competem por alimento com outros indivíduos da espécie (Sick 1997), servindo para desenvolver a musculatura, criar laços sociais e adquirir habilidades na obtenção e manipulação de presas (Ficken 1977), uma vez que os jovens não são tão eficientes em parasitar outras.

Distribuição Geográfica

É uma espécie de ampla distribuição geográfica, distribuindo-se, pelo Atlântico, nas Américas do Sul e Central, e, no Pacífico, da Colômbia ao Peru; no Brasil são encontradas colônias em Fernando de Noronha, Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Santa Catarina.

Referências

Garça-moura (Ardea cocoi)

Conhecida também como baguari (Pantanal), mauari (Amazônia), garça-parda (Rio Grande do Sul), socó-grande, garça-morena e joão-grande.

Características

A maior das garças do Brasil, com envergadura de 1,80 m. Vive solitária fora do período reprodutivo, quando reúne-se nos ninhais; no entanto, mesmo nesse período, a maioria mantém-se isolada durante deslocamentos para alimentação. Seus voos, além de solitários, são em linha reta, com lentas batidas ritmadas de asas, muito características. Sua voz é um fortíssimo “rrab (rrab rrab)”, baixo e profundo.

Mede 95-127 cm; peso de 1900–2100 g; envergadura de 1,80 m. Capuz preto, estendendo-se até abaixo dos olhos e continuando com longas plumas de crista, também pretas. Partes posteriores e coberteiras das asas cinza; face superior das rêmiges pretas; com a região dos ombros preta visível em repouso; pescoço branco com listras pretas verticais anteriormente; partes inferiores brancas, exceto a barriga que é preta; coxas brancas. Olhos geralmente amarelos, com lores azuis; bico amarelo opaco, ligeiramente mais pálido abaixo e com base enegrecida; pernas e pés pretos. A plumagem de reprodução é muito semelhante à do restante do ano, distinguindo-se pelo pequeno tufo de penas brancas na base do pescoço, o maior contraste do branco do pescoço com o dorso acinzentado e os lados escuros do ventre. A listra negra da parte inferior do pescoço destaca-se mais nesse período, bem como o negro do alto da cabeça. Ao redor dos olhos aumenta a coloração azulada e o bico fica mais amarelo. Quando saem do ninhal, as aves juvenis possuem a mesma coloração geral dos adultos, embora com menor contraste e sem a listra negra do pescoço ou os lados negros do ventre.

Alimentação

Costuma ficar pousada nas margens dos rios e riachos, em meio à vegetação, pescando peixes, sapos, rãs, pererecas, caranguejos, moluscos e pequenos répteis.
Captura presas de lugares mais fundos, que outras garças não conseguem alcançar. Geralmente solitário e territorial, mas ocasionalmente se alimenta em grandes grupos, incluindo outras espécies, quando a quantidade de presa é abundante, principalmente na época da seca.

Reprodução

Longo período de nidificação (janeiro a outubro), desde o meio da estação de cheia até a baixa das águas. Ocupa os grandes ninhais coletivos. As colônias podem ter até 400 a 600 casais e ser compartilhada com outras espécies. Seus ninhos geralmente estão na parte superior e externa das árvores mais altas, com 25 a 30 metros de altura. No entanto, às vezes priorizam arbustos, áreas de junco e até cactos. O ninho é feito de juncos e galhos secos, ligados por lâminas de grama, tem a forma circular e leva em torno de 7 dias para ser construído. A fêmea põe 2 a 5 ovos azul-celeste (mais pálidos). Geralmente nascem 3 ou 4 filhotes por ninhada, a qual é chocada e cuidada pelo casal, com um período de incubação de 25 a 29 dias. O pintinho é felpudo e branco acinzentado.

Hábitos

Habita beiras de lagos de água doce, rios, pequenos riachos, estuários, manguezais, pântanos e alagados. Normalmente é solitária e desconfiada, exceto no período reprodutivo. Vive solitária fora do período reprodutivo, quando se reúne nos ninhais; no entanto, mesmo nesse período, a maioria mantém-se isolada durante deslocamentos para alimentação. Gosta particularmente de passear em águas rasas e subir nos blocos de pedra que pontilham as correntes dos rios. Seus voos, além de solitários, são em linha reta, com lentas batidas ritmadas de asas, muito características. É a garça mais comum e fácil de ver, pois se alimenta a céu aberto e ocupa uma grande variedade de habitats onde há água.

Distribuição Geográfica

Maior representante da família no Brasil, está presente em todo o País, podendo ser encontrada também do Panamá ao Chile e Argentina, e nas Ilhas Malvinas.

Referências

* SESC – Guia de Aves do Pantanal – disponível em http://www.avespantanal.com.br/paginas/8.htm Acesso em 04 mai. 2009.

Gavião- pinhé (Milvago chimachima)

É um dos falcões mais conhecidos do Brasil. Também é conhecido pelos nomes de caracará-branco, caracaraí, caracaratinga, carapinhé, chimango, papa-bicheira, pinhé, pinhém, chimango-branco, chimango-carrapateiro, chimango-do-campo e gavião-carrapateiro. É encontrado em todo o Brasil.

Características

Mede entre 36 e 45 centímetros de comprimento, o peso do macho varia entre 277 e 335 gramas e o da fêmea varia entre 307 e 364 gramas. Sua envergadura atinge 74 centímetros. Cabeça e corpo branco-amarelado, dorso marrom-escuro, lista pós ocular preta, asas longas com mancha branca perceptível quando em voo. A cauda é longa com larga banda terminal marrom escura.

dimorfismo sexual se apresenta numa área entre os olhos e o bico, onde o macho possui a pele nua com uma cor amarelo-alaranjada, na fêmea esta pele é de coloração rosa-pálido.

Alimentação

Alimenta-se principalmente dos parasitas de bovinos e equinos tais como carrapatos. Quando não encontra carrapatos, seu prato principal, alimenta-se de lagartas e cupins, saqueia ninhos, alimenta-se de carniça, frutas e outras opções. Em remanescentes florestais preda parasitas de herbívoros de grande porte, como a anta e os veados. Mas esses animais não são encontrados com facilidade, nem em grande número, assim, pode-se dizer que é uma das poucas espécies que se beneficiam do desmatamento para a formação de pastos e criação de grandes rebanhos, pois encontra vasta quantidade de carrapatos. Nas regiões litorâneas se alimenta de peixes acostados pelas marés, conforme observado na Ilha do Mel.

Reprodução

Constrói grandes ninhos, de ramos secos, em palmeiras ou em outras árvores. Os ovos, de 5 a 7, são redondos, pardo-amarelos com manchas pardo-vermelhas. A fêmea encarrega-se da incubação e o macho fornece-lhe o alimento durante tal período. A incubação dos ovos dura de 21 a 23 dias. Após o nascimento dos filhotes o macho continua a alimentar a fêmea e esta, por sua vez, os jovens.

Hábitos

O carrapateiro é frequentemente encontrado nas fazendas de gado, com o qual vive associado, retirando carrapatos destes. Frequentemente é encontrado retirando carrapatos de capivaras (Hydrochoerus hydrochaeris), pois estes animais, por viverem grande parte do tempo no meio aquático para proteção, acabam se tornando hospedeiros de grandes quantidades de carrapatos. Habita pastagens, campos com árvores esparsas, vizinhanças de cidades e margens de rodovias. Quando em sobrevoo, emite um grito agudo que soa como “pinhé” (som que é suficiente para identificá-lo), semelhante ao canto do gavião-carijó (Rupornis magnirostris). É muito visto em áreas urbanas.

Distribuição Geográfica

Ocorre da América Central ao norte do Uruguai e da Argentina e em todo o território brasileiro.

Referências

Martim-pescador -pequeno (Chloroceryle americana)

É o representante mais comum no Brasil. É conhecido também pelos nomes de ariramba-pequeno, martim-cachaça e martim-pescador. Vive ao longo de rios, lagos e orla marítima, mangues, embocaduras de rios, em florestas ou áreas abertas, onde haja árvore para o pouso.

Características

Mede 19 centímetros de comprimento. Partes superiores em verde bem escuro, contrastando com uma faixa branca saliente e sedosa que liga a base do bico à nuca, onde é atravessada pelo penacho nucal; asas atravessadas por 3 linhas transversais de manchas brancas; bases das retrizes externas brancas. O macho tem as partes inferiores brancas com o peito castanho e a fêmea tem peito amarelado ou branco manchado de verde.

Espécies semelhantes

O martim-pescador-pequeno é bastante confundido com o martim-pescador-verde, espécie similar porém maior e com detalhes na plumagem que os tornam facilmente distinguíveis entre si após algumas análises:

Observar nos machos a existência ou não da faixa verde (ou penas verdes avulsas) abaixo da mancha ferruginea no peito, o que é um bom diferenciador entre as duas espécies, sendo o martim-pequeno a espécie com essa faixa verde e o martim-verde a espécie onde a mesma é ausente. Entre as fêmeas nota-se a coloração mais parda no ventre e a presença de duas faixas verdes (uma no peito e outra no abdômen) na fêmea de martim-pescador-pequeno. A fêmea de martim-pescador-verde tem o abdômen de coloração branca e a faixa verde é interrompida, não apresentando a segunda faixa verde. As asas atravessadas por 3 linhas transversais de manchas brancas também é diagnóstico para marti-pescador-pequeno. Em pouso geralmente aparecem somente duas dessas linhas.

Alimentação

Para alimentar-se, pousa na vegetação à beira d’água (entre 1 e 3 metros de altura), de onde observa suas presas antes de mergulhar. Às vezes paira no ar antes de mergulhar. Come peixes de 3 a 5,5 centímetros e crustáceos, sendo uma espécie de hábitos alimentares mais generalista.

Reprodução

O casal constrói o ninho geralmente num barranco de rio, acima do nível da água. Escava um túnel com cerca de 80 cm, podendo ou não camuflar a entrada do mesmo. Põe geralmente 3 a 5 ovos brancos, que medem em torno de 24 por 19 milímetros, no fundo do túnel. A incubação noturna cabe à fêmea, mas durante o dia ela se reveza com o macho. Como é regra na família, o período de incubação é de 19 a 21 dias e os pais cuidam dos filhotes.

Hábitos

É a espécie mais comum no Brasil. Habita os lagos com rica vegetação aquática, beira de rios pequenos e grandes, manguezais; adapta-se até em pequenas coleções d’água tomada por vegetação palustre, como aguapés e outras plantas aquáticas.

Voz: “ta-ta”; “ti-ti” (advertência); “trr-trr-trr”; canto chilreado e uma sequência descendente, “kli-kli-kli-kli-kli-kli”.

Distribuição Geográfica

Ocorre do Texas e México à Argentina e em todo Brasil.

Referências

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O Projeto Mar é Cultura atua no desenvolvimento sustentável da maricultura no litoral norte do estado de São Paulo e conta com a parceria da Petrobras, por meio do programa Petrobras Socioambiental.

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